Tantos treinos, tanto tempo perdido, tantas brincadeiras, tantos ralhetes, tantos sermões, tantas zangas, tantos " Inês estica os pés" , " Inês fica rija", "Inês costas direitas", "Mafalda e Inês dêem mais estafa", "essa pirueta está mesmo má, mais alta e mais rotação" (...) .
Os treinos foram sempre assim, tentámos sempre fazer tudo perfeito, mas por vezes não conseguíamos atingir essa perfeição, era difícil . Com o tempo, e com uma amizade construída os treinos começaram a não custar tanto. Eram magníficos. Fazíamos uma coisa que gostávamos ao lado de pessoas que tínhamos aprendido a gostar também.
Os treinos foram sempre assim, tentámos sempre fazer tudo perfeito, mas por vezes não conseguíamos atingir essa perfeição, era difícil . Com o tempo, e com uma amizade construída os treinos começaram a não custar tanto. Eram magníficos. Fazíamos uma coisa que gostávamos ao lado de pessoas que tínhamos aprendido a gostar também.
Fizemos todo este esforço só pelo sonho de um dia podermos vir a pisar um pódio. Um sonho que por momentos parecia não se poder tornar realidade. Mas a amizade e o gosto pela ginástica ajudaram-nos a realizado.
Momentos antes de pisarmos aquele praticável haviam alguns nervos que tinham de ficar para trás e que tínhamos de encarar aquele cenário todo como uma simples coisa da vida que em dois naturais minutos acabava.
Mas antes disso tudo soube tão bem ouvir que "o que importa não é ganhar, mas sim participar", e ainda por mais quando é dito por uma criança de sete anos.
Os dois longos minutos passaram e as expectativas eram baixas, muito poucas.
Mas no momento em que ouvimos o nosso nome surge uma enorme alegria dentro de nós e só conseguimos dizer "não acredito! ". O sonho estava concretizado.
Todo este tempo ensinou-me a dizer amo-te Inês Ventura e Mafalda Correia.
Não deixem os vossos sonhos fugirem pelos dedos, pois tudo é possível, basta quererem.